terça-feira, 20 de janeiro de 2015

reabilitação


"Do mesmo modo que a satisfação de instintos é felicidade,
torna-se causa de muito sofrer se o mundo exterior nos deixa à míngua,
 recusando-se a nos saciar as carências. Então é possível esperar que, 
agindo sobre esses impulsos instintuais, fiquemos livres de uma parte do sofrer". Freud

 Estou em reabilitação, mas não é de álcool, drogas... É de você que de igual, é uma droga pra mim. É difícil não querer falar com você, controlar a vontade, leia-se insanidade, de vê-lo e apenas querer abraçá-lo, beijá-lo com "beijos intermináveis até que os lábios mudem de cor". Mas cada vez que me ignoras, cada vez que finge não notar minha presença ali, me fere. Machuca de forma muito mais dolorosa que qualquer outro tipo de ferimento. A rejeição dói na alma, estraçalha ela em pequeninas partes de forma que é dificil parar e juntá-las. A rotina corrida atrapalha. Você não imagina quantas vezes passei por ali, disfarçadamente, só para ver se não estava por perto. Não imagina quantas vezes abri sua conversa de whatsapp só para reler nossas conversas, escutar seus áudios e ensaiei diversas mensagens que não foram enviadas. Ou ficava ali, só lendo seu nome, vendo sua foto com o status de " online " na esperança ( quão ingênua sou) de você me enviar uma mensagem qualquer, só para puxar um assunto, iniciar uma conversa que, é claro, não ocorreu. Me senti muitas vezes como uma policial investigativa, abrindo o facebook e lendo suas postagens, a última hora que esteve online, as publicações curtidas.... Quem disse que pessoas não são uma droga também? Principalmente quando nos doamos demais e recebemos de menos. Quando quem está do outro lado da mesa termina o jogo sem dar a chance dr você iniciá-lo outra vez mais e você fica buscando apenas motivos e razoes para o por quê de não dar certo, o por quê dos seus desejos nunca serem atendidos. Uma vez me disseram que é preciso cortar da sua vida tudo aquilo que não te faz bem. E eu comecei por você.
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