sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Seja bem-vindo 2011.



Não queria fazer desta postagem uma lista de promessas para 2011. Também não queria ficar escrevendo o que eu poderia ter feito em 2010 e não fiz. Começo, então, agradecendo pelo ano que hoje termina. Agradeço, 2010, pelas novas experiências que eu vivi, pelas amizades antigas e sinceras que preservo até hoje e também pelas novas amizades que surgiram no meu caminho. Agradeço por eu ter coragem de me desfazer daquilo que já não me fazia bem, por eu me dar conta em quem eu realmente poderei confiar. Obrigada, 2010, por eu poder criar e planejar novos sonhos e metas para o próximo ano que amanhã se inicia.

Não quero que 2011 seja um ano só de "promessas". Quero que ele seja um ano de acontecimentos. De bons acontecimentos e de não-adiamentos. Não adiamento das viagens que planejo, dos amores que procuro, da felicidade plena. Não adiamento da resolução dos problemas, das briguinhas bobas com amigos.
Não adiamento daquela coragem de poder mudar.

Eu quero que o ano de 2011 venha com mais liberdade e menos privações. Mais tolerância e menos preconceitos. Que eu aceite as boas oportunidades que surgirão no meu caminho e não tenha medo de encarar o novo. Espero, sinceramente, que o próximo ano seja composto por novas maneiras de ver o mundo, novos ensinamentos. Que os dias sejam preenchidos de amor-próprio, de amor-compartilhado, de palavras e atitudes sinceras. Que ao final de toda noite agradeçamos pelo dia que tivemos, sido ele maravilhoso ou não. Que possamos viver sem pressa, aproveitando cada minuto, cada segundo do dia.

Que possamos acreditar que as coisas podem ser possíveis
se nós tentarmos, ao menos, realizá-las.

Agradeço a todos que participaram do Rotina de Ser em 2010 e que no próximo ano eu tenha inúmeras inspirações para poder criar lindos textos.

Feliz Ano novo, Feliz Ano Nuevo, Happy New Year!

Pensar:
"Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo." 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meu dia :)

Há vinte anos chegava ao mundo uma menina, a caçula de três irmãs. A menina, agora mulher, é essa que, neste momento, está escrevendo. Pensei em várias maneiras diferentes de iniciar este post...nenhuma delas eu conseguia desenvolver da maneira que eu queria. Acabei optando pela mais simples de todas. Hoje, dia 28 de dezembro, completo vinte anos de idade. Confesso estar meio "assustada" com essa mudança de primeiro dígito. Pode parecer uma besteira, mas acho que esse "2" na frente acaba gerando uma série de mudanças construídas com o tempo. O fato de eu ser caçula tem um peso na minha vida diante a família. Não sei explicar com muita perfeição, mas é como se eu fosse eterna "mais nova" e isso, por mais que eu tenha 15, 20 ou 3o anos, muda a maneira com que meus pais me vêem. Junto com o dois, vêm cada vez mais responsabilidades, mais desejos, mais buscas. Uma busca constante de ser feliz. Essa busca é infinita. O que me faz feliz? Não sei..Acredito que é quando um conjunto de elementos que estimo estão em harmonia. Quando estou bem com meu trabalho, minha família, meus amigos e, principalmente, comigo mesma. Penso se estou no caminho certo na minha vida profissional, se as briguinhas familiares realmente são necessárias ou desnecessárias, se valorizo meus amigos na mesma intensidade que eles me valorizam. Penso, quais são os amigos que realmente se importam comigo? Procuro não me decepcionar, mas nem sempre é possível. Lidar com as pessoas não é uma tarefa fácil. Falar de mim mesma também não. Lidar comigo mesma também está longe de ser. Algumas vezes não estou satisfeita comigo, com minha aparência, com minhas manias, com meu gênio.Porém, analisando por outro lado, devo dizer que mudei muito e que continuo em constante mudança. Amadureci muito, por que não? Aprendi a lidar melhor com tudo o que me acontece, a não engolir tantos desaforos, pois sei que mais cedo ou mais tarde eu não aguentarei guardar por muito tempo.

Prometi a mim mesma que daqui por diante cuidarei melhor de mim, do meu coração e da minha alma. :)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal, Feliz Navidad, Merry Christmas...

Que esta época seja de muitas reflexões.
Reflexões de nossas atitudes, de nossas palavras, de nossas conquistas.
Que possamos acreditar mais em nós mesmos, em nossos sonhos e, acima de tudo,
que possamos buscar nos tornar pessoas melhores, pessoas mais humanas.
Sem mais. :)

Um beijo carinho a todos os visitantes e amigos do Rotina de Ser!
Sika.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Completa ausência.



Olá infinito particular. ;)
Me sinto envergonhada em ver meu blog meio, ou totalmente, abandonado. Nem adianta dar desculpas ou dizer os "porquês". Acho que nem há mais o que ser dito. Durante esse final de ano o que me consumiu em excesso foi a faculdade. Fiquei sem tempo para postar, desmotivada, sem paciência, sem muita criatividade. Mas, como muitas vezes já falei por aqui, eu jamais irei abandoná-lo completamente. Aqui é o espaço onde eu tento me equilibrar nesse caminho que apelidaram de "vida".

Prometo que dar mais atenção ao blog e postar com mais frequência estão na minha lista de "prioridades 2011". Durante essas últimas semanas sempre que surgiam algumas ideias, reflexões conexas ou não, eu anotava no primeiro papelzinho que via a minha frente ou nas folhas do caderno da faculdade. Alguns eu perdi por descuido, mas outros ainda estão guardados, esperando o momento certo de serem digitados e postados. Prometo que logo estarão aqui.

Uma notícia boa que trago é o fato de, enfim, estar de férias. Digamos que "pseudo-férias", pois será apenas um breve recesso. Risos. Dia 17 de janeiro terei que estar de volta ao estágio, porém faculdade só em março! :D Terceiro período. Veterana. Meeeus calourinhos estão chegando. Passou rápido, muito rápido. É...ano que vem espero que seja um ano com muitas (e boas) novidades. Mas, podem deixar, nos próximos posts farei uma retrospectiva de tudo que me aconteceu em 2010 e o que eu espero de 2011. ;)

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E para não deixar de falar de minhas reflexões, nesse momento eis que me surge uma haha. Essa semana foi tempo de encontros, despedidas e um até breve para muitas pessoas das quais convivo. E, partindo dessa ideia de "pessoas que muito estimo", pensei: O que torna uma pessoa estimada ou não? O que faz você classificar esta pessoa como "estimada fulana"? E o que faz você não estimar uma outra pessoa? Na minha perspectiva, um dos grandes motivos para gostar de uma pessoa está, muitas vezes, relacionado às pequenas atitudes diárias que essa tem com você.
Um sorriso, um abraço carinhoso ou mesmo um simples "bom dia".
Analisando por outro lado, há também pequenas atitudes que fazem você perceber que algumas pessoas não eram para ter a classificação “importante” na sua vida. Um motivo para esta conclusão é o simples fato delas não considerarem você importante na vida delas. São aquelas pessoas que te decepcionam com uma facilidade. Mas é uma decepção de um tipo mais severa. Uma decepção que não é apenas superficial, ela acaba atingindo o que há de mais bonito em você, a sua personalidade, a sua individualidade. Essas atitudes vêm por meio de algumas palavras mais ácidas, uma estranha vontade de contestar suas ideias, de contestar sua maneira de pensar, seus gostos, suas manias. Essas pessoas não aceitam a discórdia, não aceitam que alguém de seu “grupo” vá sentido contrário à suas “pré-definições”, a seus “pré-conceitos”. Pessoas assim acreditam serem donas de uma verdade absoluta. Sendo que esta “verdade absoluta” não existe nem a mim, nem a ti, nem a ninguém. O certo e o errado dependem do ângulo em que se enxergar. E depende, principalmente, dos olhos de quem os vêem.

Conclusões: Há pessoas que podem ser descartadas de sua vida. Descartar no sentindo de não ouvi-las, de não dar tanta importância ao que elas dizem e em casos mais extremos, afastar-se. É difícil, mas se algo não nos faz bem, há que ter coragem de mudar, de dizer o que pensamos. Muitas vezes tapamos nossos olhos acreditando estarmos fazendo o certo, pensando que desta forma nos sentiremos melhores. Acabamos, muitas vezes, apenas enganando a nós mesmos, atrasando, talvez, uma felicidade maior.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Semana do Caos


Bateu saudades. Olá blog querido ;)
Estava hoje em mais um dia reflexivo, sabem. Tudo bem que dias reflexivos eu ultimamente não tenho tido muitos. Nem para pensar e me inspirar (e postar no blog). Hoje tentarei escrever alguma coisa. Não garanto que as reflexões façam sentindo. Estou apenas deixando fluir. Escrevendo sem pensar direito no sentido que vocês darão a elas.

Essa semana o Rio de Janeiro está vivendo alguns momentos de caos. Parece que estamos vivendo num filme de ação, guerra, terror. É muito estranho você vivenciar isso e também sentir a forma com que essa onda de violência interfere diretamente na sua vida. Fui esses dias para a faculdade meio desconfiada de tudo e de todos. Parece que estamos vivendo numa ficção, porém, a cada nova chamada na televisão, nos damos conta que isso está muito perto de nós também. Mudando nossa rotina, nosso jeito de ver as coisas. Passamos a dar mais importância em estarmos ao lado de quem nós amamos. De que maneira mudar essa realidade que persiste em mudar nossos sonhos?

Mudando um pouco o foco, hoje pensei também em faltas, excessos, saudades,
presenças. Pensei em como deve ser triste as pessoas não sentirem sua falta, não se importarem com a ausência da sua voz, de não se importarem em não ter a sua companhia. Acredito que todos gostam de ser lembrados. Acho que não vale à pena passar por esta vida e ser apenas mais um na vida de outra pessoa. Deve ser tão bom quando alguém se lembra de você mesmo não estando anos ao seu lado, quando nem se quer tem mais contato contigo. Alguém que se lembra do som da sua gargalhada, do modo com que você fala, de suas expressões e que sabe o significado de cada um de seus olhares. Não sei por quais motivos pensei nisso. Acho que tenho medo de ser uma pessoa passível de ser esquecida...


terça-feira, 2 de novembro de 2010

baby, you're a firework



Você alguma vez já se sentiu tão frágil como um castelo de cartas,
a um simples sopro de desmoronar.
Você alguma vez já se sentiu como se estivesse enterrado a sete palmos...
Você grita, mas parece que ninguém ouve nada.
Você sabe que há uma chance para você, pois você tem um brilho.
Você só tem que acender a luz e deixá-la brilhar. Seja o dono da noite.
Pois, baby, você é como fogos de artifício,
venha e mostre do que você é capaz.
Deixe todos boquiabertos enquanto você cruza o céu.
Baby, você é com fogos de artifício, venha e deixe as suas cores explodirem.
Você vai deixá-los todos supresos.
Você não precisa se sentir como um desperdício de espaço.
Você é original, não pode ser substituído.
Se você ao menos soubesse o que o futuro lhe aguarda.
Depois do furação vem o arco-íris.
Talvez a razão pela qual todas as portas se fecharam
seja para que você possa abrir uma que te leverá ao rumo perfeito.
Como um relâmpago o seu coração reluz
e você saberá quando chegar a hora.
Você só tem que acender a luz e deixá-la brilhar.
Seja o dono da noite.
Tradução Firework - Katy Perry (adaptado).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

desencantando

Olá mundo blogueiro. Faz um tempo que não posto sobre o que ocorre na minha vida, não é? Quer dizer, falar de mim e da minha vida eu falo sim, só que indiretamente, nas entrelinhas dos textos, poemas, poesias ou sei lá o que.
Durante as últimas semanas acredito que nada tenha mudado. Para dizer a verdade, algumas coisas mudaram sim, talvez aqui dentro de mim. Talvez nos meus pensamentos, nas prioridades. Porém rotina é basicamente a mesma. Algumas saídas, trabalhos, provas, estresses.
Respiro fundo, conto até dez. Fecho os olhos, penso na vida e desejo por um sonho bom. Ao acordar, às vezes ingrata, não agradeço pela oportunidade de poder abrir novamente os olhos, e reclamo pelo fato do sonho ter sido muito bom, sabendo que são mínimas as chances dele se realizar. Talvez sendo boba, acredito nessas mínimas chances.




Pensar:

Ahh, o tempo! Nada como o passar dele.
Há quem diz que com o tempo tudo passa. De certa forma é verdade.
Você percebe que nada poderá ser eternizado,
assim como nenhuma dor e sofrimento será eterno.
Com o passar dele você vê os problemas por outro ângulo,
as pessoas com outros olhos, acalma o coração.
Encontra outros motivos, novas explicações.

Desencantamos de coisas, lugares, pessoas.
Desencantamos do que acreditávamos
ser as coisas, os lugares e, principalmente, as pessoas.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Falta

Falta amor, carinho, compreensão. Falta amizade, cumplicidade, respeito. Falta atenção, palavras, abraços. Falta afeto, alegria, orgulho. Falta apego, manha, charminho. Falta coração, olhares, atitudes. Falta sentimento, sorrisos, beijo. Falta amigos, brincadeiras, verdades. Falta silêncio, calma, paz. Falta desapego, gestos, sensibilidade. Falta aconchego, cafuné, intimidade. Falta bondade, sinceridade, tolerância. Falta lealdade, fidelidade, simplicidade. Falta paciência, generosidade, otimismo. Falta ousadia, independência, loucura. Falta cuidado, tempo, coragem. Falta determinação, ingenuidade, sonhos.
Falta falta. Falta mundo. Falta pessoas. Falta eu, falta alguém. Falta mudar, falta mudança. Falta aqui.
Pensar:

"Falta tanto tempo no relógio
quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
que nem me protejo mais.
Sobra tanto espaço
dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
que nunca consigo"
Teatro Mágico

terça-feira, 12 de outubro de 2010

materializando sentimentos



Senti vontade de materializar as palavras pensadas. As palavras que eu queria dizer ou as palavras que eu digo a mim mesma. Resolvi então escrever. Talvez não com tanta perfeição, talvez eu não me expresse da maneira certa. Sempre parece que falta algo ou que poderia ser escrito de uma outra forma, sendo que essa forma eu desconheço. Hoje senti saudades, mas uma saudade estranha. Um sentimento tipo aquele que dá um aperto no peito, uma tristeza profunda, mas que curiosamente dura um pequeno espaço de tempo e logo se vai.

Pensar:

A única voz agora...
É esse sentimento
Vago em meu silêncio
Não afundarei mais nesse caos
Nem espalharei pranto
Só amarei e me machurei se preciso
Só esperarei...
Só murcharei de tanto amor!




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

500 dias com ela

Esses dias assistir ao filme "500 dias com ela". Devo dizer que ele é um filme fofo, maravilhoso. Lindo demais.
Revelador também, por que não? Assistir, pensei, conclui. Talvez as coisas sempre estão para acontecer na hora e no momento certo. Uma tal "coincidência" ou mesmo "destino". De certa forma acredito que há de existir alguma força que está longe de nosso entendimento. Talvez não tenha sido por acaso eu ter assistido a este filme e ter dado conta dessas conclusões que tirei. Talvez eu também não esteja escrevendo este texto por acaso. Talvez isso me conforta de alguma maneira. Talvez acreditar que tudo nesta vida tem um porque, uma causa, uma consequência e no final, talvez, acreditar que realmente seremos felizes pelo que nós temos e conquistamos.Talvez. No filme o Tom esperava demais da Summer. E por este motivo ele ficou tão abalado ao ver que aquilo que ele esperava não deu certo. Há, assim como no filme, uma diferença entre a "expectativa" e a "realidade". Pode ser que tenhamos expectativas demais...
Mas sempre fica esta dúvida, quando será a nossa vez? Quando é que eu iremos nos "esbarrar" com aquela pessoa que eu viveremos pelo resto de nossas vidas...? No filme, ainda que tenha perdido um amor, Tom seguiu...meio trôpego, mas seguiu. Aprendeu também. Aprendeu que não se pode esperar demais daqueles que tem pouco a nos dar. Nem criar tantas expectativas em cima das pessoas. "Ninguém pode prometer nada", foi uma das frases da Summer. Não podemos esperar das pessoas aquilo que falta em nós.

Se, ao acordar, posso escolher uma roupa,
posso escolher também o sentimento que vai vestir meu dia.
Se, no percurso, posso errar o caminho
posso também escolher a paisagem que vai vestir meus olhos.
A mesma articulação que tenho para reclamar,
tenho para agradecer.
E, se posso me adornar com a alegria,
não é a tristeza que eu vou tecer.
Marla de Queiroz

Pensar:

Tom: Você nunca quis ser a namorada de ninguém e agora é a esposa de alguém...
Summer: Me surpreendeu também.
Tom: Acho que nunca vou entender. Quer dizer, não faz sentido.
Summer: Só aconteceu.
Tom: É, mas é isso que não entendo. O que só aconteceu?
Summer: Só acordei um dia e soube.
Tom: Soube o quê?
Summer: O que eu nunca tive certeza com você.
Tom: Sabe o que é uma droga? Perceber que tudo em que você acredita é mentira, é uma droga.
Summer: O que quer dizer?Tom: Sabe, destino, almas gêmeas... Amor verdadeiro e todos aqueles contos infantis... Besteira, você estava certa, eu deveria ter escutado.
Summer: Não.
Tom: Sim, por que está sorrindo?
Summer: Tom... [...] Eu estava sentada numa doceria lendo Dorian Gray, um cara chega pra mim e me pergunta sobre o livro e agora ele é meu marido.
Tom: É, e daí?
Summer: E daí que... E se eu... tivesse ido ao cinema? Ou tivesse ido almoçar em outro lugar? E se tivesse chegado 10 minutos mais tarde? Era... era pra ser. E eu só ficava pensando... “Tom estava certo.”
Tom: Não...
Summer: Sim, eu pensei...
[...]
Summer: Só não era sobre mim que você estava certo.
Créditos: Acasos afortunados


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Às vezes tão inconstante..."


Sou dramática sim. Às vezes infantil com tanta insistência. Mas estou longe de ser boba. Eu sei o que eu quero. De vez em quando posso até parecer meio fria e sem coração, mas não é intencional, eu juro. Quando eu não gosto, não gosto. Quando eu gosto, gosto demais do ponto. Muitas vezes me prendo aos meios termos. Mas de meio, só os termos. Não gosto de meias verdades, nem meias promessas, nem meia consideração. Confesso que, às vezes, me contento com o meio gosto, mesmo sabendo que pode me fazer mal. Engraçado...tenho paixões de anos, de meses, de semanas, de um dia. Quem sabe até de algumas horinhas. Sou inconstante, porém certas vezes previsível. Mas não se incomode quando eu agir completamente diferente do esperado, nem sempre as atitudes me são fiéis. Sou diversas em uma só. Sou uma com você, uma com eles e elas, uma com aqueles e aquelas. Longe de ser falsa, apenas me adapto ao ambiente e as pessoas que estão a meu redor. Posso não falar tudo o que penso a você, mas saberá tudo aquilo que é passível de você saber. Para que esconder? Ou para que não esconder? Há tanta coisa em mim que nem eu sei. Sou impulsiva, ajo sem pensar...ou ajo impulsivamente depois de tanto pensar. Erro muitas vezes e muitas vezes cometo o mesmo erro. Faz parte. Sou muitas vezes egoísta também, teimosa, orgulhosa. Já prendi sentimentos tantas vezes que hoje os liberto, não consigo segurá-los por muito tempo. Aprendi a ser mais amiga, a ser mais carinhosa e saber demonstrar mais os sentimentos de amizade. Embora eu pareça não me importar com você, eu me importo sim. Queria aprender a pensar mais nas pessoas também. Os olhos podem revelar muitas coisas, mas só aquele que tiver uma certa sensibilidade a isso notará. Já disse que sou perceptiva? Mas na maioria dos erros de percepções são referentes a mim mesma. Faço caras e bocas quando falo. Sou bastante expressiva. Um erro, talvez. Não sei disfarçar quando estou incomodada. Minha afobação me incomoda. Minha mania de querer estar sempre em algo de diferente também. Sempre assumo muitas responsabilidades ao mesmo tempo. Tenho pressa. Uma pressa de viver e querer. Não gosto de indiferença. Gosto de atenção, gosto de carinho e demonstrações de carinho. Não me trate com falsidade, nem queira ser muito simpático. Posso saber que você não gosta mim...mas não contarei jamais. Adoro imaginar diversas situações. Criar momentos na minha cabeça. Adoro escrever com o coração sem razão, me sentindo uma Lispector, Meireles, Queiroz. Tenho diversos tipos de sorrisos. Preste atenção e um dia, quem sabe, saberás.


"Meu tema é o instante? meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos - só me comprometo com vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim."

domingo, 26 de setembro de 2010

Vai, esquece do mundo...

Não irei me culpar por nada, embora as atitudes tenham partido de mim. Não digo que me arrependo, pois talvez aquelas palavras tenham aberto meus olhos a tempo de não me iludir e envolver demais. Pode ser que eu tenha sido precipitada sim. Que eu falei demais sim, que eu possa até mesmo ter valorizado sentimentos que talvez nem existissem ainda. Porém, arrisquei. Não sei se no momento certo, se com as palavras certas, se com a pessoa certa. Sou impulsiva. Talvez isso seja um defeito meu. Não consigo me controlar por muito tempo. Preciso sempre agir, dar um tiro para cima e ver onde ele pode atingir. Sinto-me às vezes sufocada dentro de mim. Então ajo, erroneamente ou não. Acho que aos poucos a mente vai preparando o coração para distinguir o que vale ou não a pena arriscar. Questiono-me. "O enredo é o mesmo, a história é a mesma, só mudam os personagens...”. Sinto como se o corpo e a mente já estivessem preparados a aceitarem com mais clareza algumas decepções e frustrações. A aceitarem que nem tudo pode ser como nós desejamos. No meu caso, nada está sendo como eu realmente queria que fosse. Muitos desejos não são certos, não vingam, não se realizam. Por que comigo? Isso não é querer fazer drama. Meu desejo não é algo impossível, mas sempre passa longe do status "realizado". Não posso e não quero sentir pena de mim mesma. Estou apenas cansada dessa mesma história, desse mesmo início, meio e fim. Não quero encurtar e nem alongar os caminhos, quero apenas ir no caminho certo. No final, resta-me saber se o certo possui outras perspectivas... ;~

“Se é para ser assim, tudo bem. Eu continuo seguindo por outros caminhos... acho que já me acostumei a sempre mudar de direção (infelizmente)”.

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Acho que isso aqui virou meu ponto de equilíbrio. Algo que me traz paz. Que desabafa por si só. Apenas consigo postar aqui quando eu realmente preciso colocar nas palavras o que se passa dentro de mim. A fala nem sempre sai como quero. Aconteceu tanta coisa desde o último post. Umas boas, outras ruins, outras continuavam a mesma. É faculdade, é o estágio, é o curso, e ainda a vida pessoal. Tem horas que apenas quero ficar sem fazer nada, mas isso é raro. Tem horas que eu preciso sumir por uns dias, esquecer do mundo. Mas estou vivendo...e estou sempre seguindo adiante. Olhando ou não para trás, cometendo ou não os mesmos erros, acreditando ou não nas mesmas coisas e possibilidades que não existem. Faz parte do meu show. Isso já faz parte de mim. No dia que eu deixar de ser assim, eu já não estarei mais aqui...nesse mundo.

" (...) Desde que descobrira – mas descobrira realmente com um tom espantado – que ia morrer um dia, então não teve mais medo da vida e, por causa da morte, tinha direitos: arriscava tudo".

Pensar:
Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida.
Como quem não tem o que perder.
Como quem não aposta. Como quem brinca somente.
Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça.
Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não.
Os olhos se fecham um dia, pra sempre.
E o que importa você sabe, menina.
É o quão isso te faz sorrir. E só.

domingo, 5 de setembro de 2010

É preciso mudar...

A vida requer mudanças. Talvez, como toda mudança, há a necessidade de se encerrar ciclos, de deixar algumas atitudes, de andar por outros caminhos. E para isto, precisamos de uma dose de coragem para poder mudar. Coragem para poder mudar alguns hábitos, atitudes, pensamentos e para que todas estas tentativas não fracassem, é importante que elas sejam feitas por nossa vontade. Só teremos coragem de mudar quando percebermos por conta própria que algo realmente precisa ser mudado nós, não para agradar aos outros, a família ou para ser mais aceito em algum círculo de amizades, mas sim para podermos viver bem com nós mesmos.
Seja na aparência, na maneira de pensar, na maneira de agir. Seja para nos aceitarmos melhor, mesmo sabendo que somos seres com inúmeros defeitos.
Esta mudança depende exclusivamente nós mesmos, acreditando e persistindo sempre, dia após dia.

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Olá queridos,
Acho que estou meio assim, sei lá.
Queria escrever tantas coisas, mas só saíram essas “mal traçadas linhas” acima.
Também acho que estou devendo responder alguns comentários. Prometo que responderei a todos.
Feriadão merecido este, não? Ótimos dias para poder refletir sobre o “eu”.
Preciso de duas doses, uma de coragem e uma outra de atitude e se tiver como aperitivo um pouco de atenção e um de oportunidade, eu aceito também.

Beijos, Sika.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

E se pudéssemos ler os pensamentos alheios?

Às vezes, quando estou sozinha e distraída voltando ou indo para a faculdade, começo a pensar em vários momentos, possibilidades, casos, opções. Penso na vida, na morte, em como estou aproveitando a vida e se estou longe da morte. Também penso em coisas impossíveis, algumas inúteis e adoro contestar os "e se" da vida. Penso e viajo nos pensamentos. Vejo tantas pessoas, cada uma com uma história, com um destino, na maioria das vezes estão em silêncio, pensando em muitas coisas assim como eu.
Ao estar no metrô e observar as pessoas que estavam ao meu redor, pensei como seria a vida se caso eu pudesse ler os pensamentos dos outros. Afinal, seria realmente incrível ou não? Será que eu viveria
melhor ou pior tendo esta característica diferenciada? Acredito que para uma boa retórica devemos contestar o "se sim" e o "se não". Não há como negar que se eu realmente tivesse esse "poder", muitas situações poderiam ser melhores esclarecidas, como, por exemplo, saber o que uma outra pessoa realmente pensa sobre você. Há algumas que infelizmente não conseguem dizer o quanto gosta e admira-o. Saber que outras admiram você "em segredo" ou se há alguém que ama você muito mais do que um amigo ou amiga. Porém, apesar disso, também há como se decepcionar muitas vezes. Ver que amigos não são realmente amigos, que os amores na realidade são apenas uma ilusão ou então que a pessoa não está para você, como você está para ele ou ela.
Depois de tanto pensar, cheguei a conclusão de que há pensamentos que devem ficar somente para você, sendo assim...as pessoas também têm o direito de ter ou esconder os delas, mas que seria interessante, seria. É tão difícil saber o que elas pensam de verdade sobre você. Confesso que tenho muita curiosidade, mas ao mesmo tempo medo. Tenho medo de saber o que pensam de mim. Não que eu ligue ou mude caso saiba, mas fico magoada quando vejo o quanto as pessoas podem ser cruéis e te julgarem demais.
Enfim...como eu já disse acima, sempre que penso demais, eu viajo demais em meus pensamentos.

É isso.. também já disse que penso demais, não é?
Beijos carinhosos,
Sika

P.S.¹: Hoje é aniversário de uma amiga muito especial. A minha inspiradissima favorita, D.Thaís.
haha Amiga, Feliz Aniversário. Amo-te pêlo de gato! ♥
P.S.²: A mesma amiga querida me repassou dois selinhos fofos que estão aqui abaixo. Obrigada *---*

sábado, 21 de agosto de 2010

um abandono, uns amigos, um te amo.

Mais uma vez, eu sei. Quase um total abandono do blog. Quase um mês sem atualização! =O Acho que eu teria inúmeras explicações para dar...mas não desta vez. Risos. Desta vez vocês deixam passar, ok? Vamos falar dos acontecimentos?

Voltaram as aulas na faculdade, entraram novos calouros 2010.2 (turma de noite), fui assaltada :S, comprei um novo celular, fui ao show do Ne-Yo, que por sinal foi muito bom (tirando um acontecimento ;S ). Houve uma melhora no quesito "professor" na faculdade, as aulas estão mais interessantes. Ah, comecei a fazer um curso de inglês na UFRJ. Esqueci de certas coisas, estou me lembrando mais de outras. Outras simplesmente se tornaram insignificantes (para não dizer repugnantes). Revi umas coisas, algumas gostei, outras pouco me importam agora.

Também pensei muito esses dias sobre amizade, amigos...e blá.

Um amigo é aquele que apenas substitui o seu nome pela palavra "amigo"? Acho que não... Ser amigo vai muito mais além. Amizade é ter confiança, é conversar sobre a sua vida para ele e ele conversar sobre a dele para você. É receber uma ligação, assim do nada, dizendo que estava com saudades ou que se lembrou de você. É receber um depoimento, um recado, uma mensagem quando você menos espera. É sentir saudades das risadas que dão junto e sentir que esta risada é sempre mais legal quando ele está. É ter cumplicidade. É ouvir conselhos e se sentir honrado por ele vir até você para pedi-los também. É ter certeza de que quando precisar, ele vai estar ao seu lado antes mesmo de você chamá-lo.

{Alguns} Amigos, em que parte do caminho vocês se perderam? Ou melhor, em que parte do caminho nós se perdemos uns dos outros...?

Acho que vocês entenderam somente partes do meu post, eu sei. Mas acho que estou escrevendo para conversar comigo mesma. Sabe quando você pensa alto demais?


Para pensar...
Te amo
Te amo de una manera inexplicable.
De una forma inconfesable.
De un modo contradictorio.

Te amo
Con mis estados de ánimo que son muchos,
y cambian de humor continuamente.
Por lo que ya sabes,
El tiempo.
La vida.
La muerte.

Te amo
Con el mundo que no entiendo.
Con la gente que no comprende.
Con la ambivalencia de mi alma.
Con la incoherencia de mis actos,
Con la fatalidad del destino.
Con la conspiración del desejo.
Con la ambigüedad de los hechos.
Aún cuando te digo que no te amo, te amo.
Hasta cuando te engaño, no te engaño.
En el fondo, llevo a cabo un plan,
para amarte mejor
.
Te amo.
Sin reflexionar, inconscientemente,
irresponsablemente, espontáneamente,
involuntariamente, por instinto,
por impulso, irracionalmente.

En efecto no tengo argumentos lógicos,
ni siquiera improvisados
para fundamentar este amor que siento por ti,
que surgió misteriosamente de la nada,
que no ha resuelto mágicamente nada,
y que milagrosamente, de a poco, con poco y nada
ha mejorado lo peor de mi.

Te amo.
Te amo con un cuerpo que no piensa,
con un corazón que no razona,
con una cabeza que no coordina.

Te amo
incomprensiblemente.
Sin preguntarme por qué te amo.
Sin importarme por qué te amo.
Sin cuestionarme por qué te amo.
Te amo
sencillamente porque te amo.
Yo mismo no se por qué te amo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"(...) Você vive muito depressa."

Hoje eu optaria por não postar no blog, mas acho que estou precisando falar um pouco. Fiquei pensando nos motivos de escrever no blog, no por que mantê-lo...essas coisas. Sabem, eu mantenho mais por minha causa do que para os outros. Não escrevo com muitas ambições, apenas para compartilhar, talvez comigo mesma, o que eu penso e o que sinto. Não escrevo e mantenho o blog com o propósito de torná-lo famoso ou ter muitos seguidores. Acredito que muitas vezes o que eu escrevo, poucos lêem...mas não faz mal afinal, escrevo para mim mesmo, para me conhecer um pouco melhor. Futuramente, acho que irei no fundo rir de tudo o que escrevo, dos meus dramas, meus motivos, minhas justificativas. Ou então, só mudarei o foco dos motivos e irei expor outras justificativas. Não sei ao certo e quem saberá?
Às vezes acho que eu penso demais...com sentido ou sem sentido, com justificativa ou sem.

Imagens aleatórias, só por que achei fofinhas..rs.

Estou lendo um romance de Fernando Sabino chamado O Encontro Marcado, de início lia sem muitos preceitos, mas aos poucos fui gostando do livro, fui criando um apego. Rss O livro não é uma autobiografia de Sabino, mas muitas passagens do livro são reais. São histórias de Fernando Sabino usando o pseudônimo de "Eduardo". Há umas partes do livro que me identifico. E vejam que ainda nem vivi tanto assim... rss

- Só faço questão de uma coisa. Que você...
- Termine meu curso. Se vier morar no Rio posso terminar aqui.
Seu Marciano ficou calado.
- Eduardo - disse afinal: - Não sei, às vezes tenho a impressão que você é apressado demais, para tudo: fala depressa, anda depressa, pensa depressa. Agora há pouco eu nem tinha falado...
- O senhor não fala outra coisa, papai.
- Você vive muito depressa, meu filho.

Acima tem um trecho que li hoje e confesso.. às vezes sinto que vivo muito depressa também. Não sei, parece que quero fazer tantas coisas ao mesmo tempo, tenho tantos desejos que quero realizar, conhecer lugares, pessoas, culturas diferentes. E parece que o tempo está passando e nada fiz, ou pelo menos nem um terço do que eu queria ter feito. Eu sei, tenho apenas 19 anos. Muita vida pela frente, se Deus e o destino permitir e, por favor, que eles permitam. Tenho tantos planos, tantos desejos, tanta coisa que ainda quero aprender. Vou tentando, portanto, aproveitar os dias com o melhor que eu posso fazer e da melhor maneira possível, nem sempre consigo...mas um passo de cada vez.


sábado, 24 de julho de 2010

E tudo novo por aqui (:



O blog ficou "fora do ar" durante esse dia de sábado, mas foi para um bom motivo..rs. Resolvi atualizar o layout do rotina de Ser e olha, que trabalho ...viu? Eu ainda não estou nem totalmente satisfeita com ele, mas acho que está ficando aos poucos da maneira que eu gostaria. haha Sou totalmente perfeccionista e isto atrasa a minha vidas às vezes. Creio que se fosse qualquer outra pessoa já teria terminado isso aqui.

Mas enfim, esta postagem é daquelas bem rapidinhas .. só para deixar vocês a parte do que está ocorrendo por aqui, haha.

Depois eu volto e termino todas as atualizações do layout! (:



Beijos, Sika

quinta-feira, 22 de julho de 2010

e depois de quase um Mês...


...novidades e desabafo acumulados. Agora eu realmente demorei demais para postar no blog. Não sei por quais motivos, não sei se por desânimo, por falta de inspiração ou por ter tanto a dizer, mas não conseguir traduzir todos os sentimentos nas palavras. Durante este mês de julho ocorreram tantas coisas e a maioria delas não foram agradáveis. Talvez muitas delas me testaram...testaram minha paciência, minha sanidade, o sentimento pelas pessoas. Em um dos meus posts eu disse que estava precisando de férias, mas férias de mim mesma. Um tempo para eu pensar, para refletir e tentar tirar da cabeça todos os pensamentos negativos. Me questionei várias vezes se eu estava certa na escolha da faculdade, se é realmente isso que queria para os meus dias, se eu poderia confiar e contar com as pessoas que estão meu redor, se é fácil perdoar e esquecer algum mal que as pessoas já fizeram, se realmente vale se importar com algumas coisas tão supérfluas. Enfim, precisava de um tempo. O tempo acabou sendo por poucas semanas, eu sei, mas ao menos durante esses dias que fiquei em casa, pude descansar meu corpo e minha alma. Entrei de férias da faculdade e estágio dia 09 de julho, porém do estágio terei que retornar já nesta segunda-feira, dia 26.


No dia 10 de julho foi um dos dias mais tristes. Perdi o Fred, meu cachorro. Irá fazer duas semanas sábado, mas para mim ainda é recente e é difícil lembrá-lo. Ainda dá uma vontade de chorar, meu coração dá um aperto... Confesso que neste momento em que estou escrevendo, as lágrimas tocam minha face. Fred passou sua vida nos fazendo companhia. Todos os dias, desde 2002. Acho que muitos acham inútil amar tanto, tratar com tanto sentimento um animal de estimação. Não penso assim. Ele era um companheiro, um amigo. Ele sabia quando estávamos tristes, felizes. Ele nos alegrava todos os dias com sua mania arteira de viver. Durante os últimos meses ele não vinha muito bem, não comia direito e nas últimas semanas se intensificou. Ele já não comia mais e descobrimos que ele estava com uma grande inflamação no estômago. Fred acabou não resistindo e naquela manhã de sábado, dia 10, ele se despediu de nós. Não sei...às vezes acho que ele esperou o dia em que todas nós, eu e minhas irmãs, estivéssemos reunidas e sábado pela manhã todas estávamos em casa. Ainda penso nele, mas não todos os dias como na primeira semana. Ainda sinto sua presença às vezes e a saudade só faz aumentar.
Gosto de lembrá-lo como um meninão que adorava brincar, comer pão pela manhã, espantar todos os passarinhos que pousavam na área dele, que vivia latindo para o nada e para todos até a gente não aguentar mais.
É Fred, você fez parte da minha vida...


Bom, ainda que eu tenha passado por dias não tão bons assim, nos últimos dias também aconteceram coisas boas. Consegui passar de período e agora oficialmente eu não sou mais caloura. Passei para o 2º período e minhas notas foram boas, risos. Meu CR ficou em 9,2. Espero muito que o aluno online da Uerj atualize logo as notas. Outra coisa boa que já foi citada foram as minhas merecidas “férias”. Apesar de no estágio eu ficar apenas duas semanas em casa, me serviram muito bem. Tinha dias que eu conseguia ficar em casa sem fazer NADA. Isso não é incrível? Haha. Aproveitei esses dias também para fazer algo que amo e que já não conseguia fazer com tanta frequência, que é tirar fotografias.




Consegui atualizar meu Flickr, enfim. O blog, confesso...não consegui. Vinham várias coisas na minha cabeça para postar, mas não postava. Deve ser por isso que este post está gigante.
Tanta coisa acumulada...
E quem se interessar: http://www.flickr.com/photos/actitud_s2/ todas ai ;D

Durante esses dias também assistir a alguns filmes. Uns que eu sempre quis assistir, mas nunca assistia. Uns que eu estava louca para ir ao cinema, mas não conseguia. Rss Segue a sequencia...



E há outros mais, porém..melhor parar aqui.. haha.

Ah, uma outra novidade é que eu vou ao show do Ne-Yo. Comprei o ingresso no dia que assisti Eclipse no cinema. ^^ O Show será só mês que vem, dia 14 de agosto. Estou animada =)


Acho que por aqui está bom...não irei prolongar mais este post, caso contrário ficaria aqui o dia todo. Responderei aos comentários...podexá! Peço desculpas àqueles que ainda não consegui responder. Risos. No próximo post, trarei novidades para o layout do blog, assim espero.. =)
Beijos, Sika.

domingo, 4 de julho de 2010

amor em Palavras



Quando conheci o Murilo, ainda éramos adolescentes. Ele era um ano mais velho que eu e sempre ficava uma série a minha frente. Tínhamos alguns amigos em comum e na formatura da oitava série ele resolveu me pedir em namoro. Aceitei, é claro, mesmo não sabendo como era namorar e mesmo sendo escondido de nossos pais. Murilo, apesar de ser um ano mais velho, era meio infantil. Acredito que aquela história de que os homens amadurecem mais tarde que as mulheres seja verdade. Eu sempre fui mais madura que Murilo e mesmo não sabendo como era namorar, já cobrava muito dele. Detestava algumas atitudes suas, mas o que eu poderia fazer, eu o amava. Sorrio hoje ao pensar nisso, como tão nova já acreditava no amor?

Os anos passavam e, ao contrário do que minha mãe pensava, nosso namoro seguia forte. Muitos, assim como minha mãe, não acreditavam que um namoro estudantil pudesse dar certo. Sempre ocorria algumas brigas, intrigas de outras meninas que gostavam do Murilo, outros meninos que queriam namorar comigo, mas continuamos. Eu não poderia me imaginar naquele tempo com outra pessoa que não fosse ele. Conhecíamo-nos tão bem. Terminamos o segundo grau. Estudamos juntos para o vestibular e passamos para a mesma faculdade, só que com cursos diferentes. Eu queria fazer matemática e Murilo, geografia.

Na faculdade continuamos juntos e, apesar dos turnos serem diferentes, sempre dava para nos encontrar. Num dia, quando conseguimos nos encontrar pela manhã, Murilo me disse que queria conversar comigo algo importante. Pedi para que falasse ali mesmo e ele me disse que ali não era o momento. Não o entendi bem, mas aceitei. Marcamos para nos encontrar pela noite, num restaurante perto da faculdade.

Quando sai da faculdade, fiquei pensando ao voltar para a casa o que Murilo teria de importante para me falar. Devo confessar que não foi apenas na volta para casa que fiquei pensando, na realidade, pensei mesmo o dia todo. Aquilo já estava me agoniando. A ansiedade estava começando a me torturar, não sabia se achava graça daquilo tudo ou se ficava nervosa de curiosidade. Cheguei em casa por volta das 18h, tinha marcado no restaurante as 20h com Murilo. Eu tinha duas horas para me arrumar e chegar ao restaurante. Curioso como eu acreditava que tudo o que Murilo iria me contar, me deixaria feliz, afinal, estávamos juntos há mais de oito anos. Esse suspense todo que ele estaria fazendo não seria a toa. Pensei no melhor vestido, me arrumei impecavelmente.

Ao chegar ao restaurante, Murilo já estava lá me esperando. Fiquei do lado de fora, olhando-o pela janela. Ele era fascinante. Tinha um jeitinho agradavelmente desajeitado, mas por onde passava atraía os olhares das mulheres. Eu não gostava dos olhares, mas adorava passar ao seu lado de mãos dadas. Adorava seu cabelo bagunçado, sua barba por fazer. A cor da sua pele em contraste com seus olhos claros e penetrantes. Ele estava com aquela blusa social que eu amava. O restaurante também era incrível. Tinha uma iluminação diferente, era no estilo medieval. Aquilo dava um charme ao ambiente. Tudo parecia estar milimetricamente no lugar certo.

Entrei no restaurante e fui em direção a mesa que Murilo estava. Dei um sorriso e ele me convidou a sentar. Eu parecia estar vivendo uma cena de filme romântico.

- Oi amor – disse, dando-lhe um breve beijo.
- Pensei que você não viesse mais querida. Estou te esperando há horas aqui – respondeu ele com aquele sorrisinho que me encantava.
- Para de ser mentiroso! Combinamos 20h, e aqui estou no horário marcado. E sorri, não pude resistir.

Conversamos durante horas. Acho que ele estava querendo enrolar, passar o tempo. Mantive-me e tentei não deixar transparecer a minha ansiedade e curiosidade. Mas acho que em vão, pois ele me conhecia o suficiente para saber que eu já estava morrendo de vontade de perguntar o que ele queria me contar. Ele sabia dominar o momento, sorria para mim, me observa enquanto eu jantava. Ele pensa que eu não senti, mas reparei cada segundo que ele me observava e quando eu voltava a olhar para ele, reparava-o desviando o olhar. Acho que já tínhamos conversado sobre tudo, o assunto já estava esgotando-se. Senti que ele estava criando coragem para me contar finalmente o que era importante. Olhou-me fixamente por alguns instantes e disse:

- Acho que você já reparou o quanto estou adiando o momento de contar a você o que viemos fazer aqui. – Ele abaixava a cabeça, meio envergonhado, meio nervoso.
- Estou curiosa desde o momento que entrei por aquela porta. – Sorri para descontraí-lo.
- Estamos juntos há muitos anos e devo confessar que não dá mais para continuar... – ele desviava o olhar o tanto quanto podia, não conseguia me olhar mais.
- Como assim? – me controlei para não gritar, nem fazer algum escândalo.
- Não dá mais...desculpe.
- Murilo, está ouvindo o que você está falando para mim? – Puxei-o pelo queixo e o obriguei a olhar nos meus olhos.

Naquele momento parecia que eu perdia o chão aos meus pés. Meu coração acelerava de aflição, raiva. Não sei bem, os sentimentos estavam se confundindo dentro de mim.

- Murilo! – falei num tom mais alto, senti que algumas pessoas passaram a olhar para nós. – Pode me explicar o que você considera “não dá mais..”?
- Desculpe...não dá mais para viver assim, longe de você. Eu quero mais de ti. Quero casar com você! – Ele abriu o sorriso enorme e olhava para mim com aquela carinha encantadora. Acredito que eu passei da vontade de matá-lo para a vontade de abraçá-lo num segundo.
- Assim você me mata... por favor, Murilo..não faça mais isso comigo. – Levantei, abracei-o e disse “sim” ao seu ouvido.

Aquele dia no restaurante foi uma das noites mais importantes e emocionantes da minha vida. Guardo cada momento, cada reação que senti. Hoje, mais de 40 anos depois, escrevo sobre esse amor que senti e ainda sinto por Murilo. É uma maneira de me reconfortar por sua perda. Já irá fazer três anos que ele se foi, mas sinto sua presença ao meu lado a cada dia que passa. As palavras que escrevo me fazem viver dia após dia, me dão força para continuar. Eu sei que ainda iremos nos encontrar e quero mostrar que meu amor por ele continua vivo e seu jeito agradavelmente desajeitado, ainda me encanta.



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Trabalho de Língua Portuguesa - Narração em 1ª pessoa.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Comunicação Social - Relações Públicas.


É história de amor bem melosa, hahaha. Fazer o que, né? Não estava nos meus melhores dias para inspiração =S Vamos ver agora que nota tirarei neste trabalho! haha
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